CNPJ alfanumérico: seus sistemas e aplicativos estão prontos para essa mudança?
Em 2024, a Receita Federal anunciou uma das maiores transformações na identificação de empresas no Brasil: a partir de julho de 2026, os novos CNPJs poderão conter letras e números — mantendo os 14 caracteres, mas agora em formato alfanumérico.
Essa mudança, embora pareça simples, trás impactos diretos em praticamente todos os aplicativos, integrações e sistemas empresariais
O que muda no CNPJ?
O CNPJ segue com 14 caracteres (sem considerar a formatação), porém:
- As 12 primeiras posições poderão conter letras (A–Z) e números (0–9);
- As 2 últimas posições continuam sendo os dígitos verificadores (DV) — calculados com base no método módulo 11, considerando o valor ASCII das letras.

Como essa mudança afeta os sistemas na prática?
A adoção do CNPJ alfanumérico vai muito além de um ajuste visual. Ela altera como os sistemas armazenam, validam e trocam informações — e isso exige atualização em várias camadas tecnológicas.
1. Validação e bancos de dados
Os desenvolvedores precisarão ajustar os algoritmos que verificam o CNPJ, para que o novo formato com letras e números seja reconhecido corretamente. Esse é o primeiro passo — mas há outros pontos de atenção.
Alguns sistemas mais antigos armazenam o CNPJ como número inteiro, o que deixará de funcionar, já que o novo formato é alfanumérico. Esses bancos de dados precisarão ser adaptados para aceitar letras (por exemplo, usando tipos como varchar(14)), garantindo que as consultas e integrações continuem operando normalmente.
2. Formulários e integrações
O front-end dos sistemas e sites também será afetado. Formulários de cadastro e páginas de contato costumam validar o CNPJ aceitando apenas números — e precisarão ser atualizados para permitir letras.
Nos casos em que o sistema se integra com APIs de terceiros, será preciso garantir que os dados enviados estejam no formato esperado. Alguns parceiros podem demorar a se atualizar, exigindo tratamentos temporários de compatibilidade.
3. Documentos fiscais eletrônicos
As mudanças também chegam aos sistemas de emissão e validação de documentos fiscais eletrônicos (DF-e). Os campos de CNPJ, que hoje só aceitam números, passarão a permitir letras nas 12 primeiras posições. A Receita Federal, inclusive, recomenda evitar o uso das letras I, O, Q e F, para reduzir confusão com números.
A chave de acesso das notas fiscais — atualmente com 44 dígitos — será atualizada para incluir letras e terá um novo cálculo de dígito verificador, baseado no valor ASCII dos caracteres.
Além disso, o código de barras fiscal utilizado nos documentos (padrão CODE-128C) precisará migrar para CODE-128A, que suporta letras maiúsculas.
Planejamento é fundamental
A transição para o CNPJ alfanumérico é complexa, mas pode ser feita com segurança e previsibilidade. Com um bom plano de ação, é possível identificar os pontos críticos, corrigir gradualmente e testar cada etapa — evitando falhas ou interrupções nas operações.
Em resumo: quem começar agora transforma a mudança em vantagem — aproveitando o momento para modernizar sistemas e reforçar a confiabilidade tecnológica da empresa.
Adiar a adequação pode gerar:
- Falhas de integração entre sistemas internos e externos;
- Rejeição de cadastros e documentos fiscais;
- Interrupções em processos de emissão e faturamento;
- Custos emergenciais e retrabalho em 2026.

Como planejar a adaptação?
- Mapeie todos os pontos onde o CNPJ é usado — cadastros, integrações, relatórios, validações.
- Atualize o tipo de campo em bancos de dados (ex: varchar(14) em vez de numeric).
- Ajuste máscaras, regex e validações para aceitar letras e números.
- Revise o cálculo do DV (considerando valores ASCII).
- Teste cenários híbridos (CNPJs numéricos e alfanuméricos).
- Comunique parceiros e fornecedores sobre a adequação.
Como a RETTA pode te ajudar?
Na RETTA, assumimos um papel ativo na adaptação dos sistemas dos nossos clientes ao novo formato de CNPJ. Realizamos todo o processo de ponta a ponta — desde o levantamento dos pontos de impacto nos sistemas e bancos de dados, até a implementação das correções e testes de validação. Nossa equipe técnica atua com foco em segurança, conformidade e continuidade operacional, garantindo que cada ambiente esteja totalmente preparado para o novo padrão antes de 2026.
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